O MEU SALVADOR DALI
Lá estava eu, num lugar onde sempre me vi.
Estava tão plena, tão serena, que nem acreditava que ali, era eu.
A penumbra da ansiedade se descortinava a cada passo e tudo se dissipou, se tornava claro, se tornava palpável, se tornava próximo e atraente.
Pelos corredores, as cenas iam se tornando cada vez mais intensas e magníficas.
A priori, o coração pulsava a cada passo, depois o que pulsava era o cérebro, o corpo todo.
A alma se deliciava a cada corredor e a fome de descobrir cada imagem era tenebrosamente forte.
Me demorava em algumas, admirava muito em outras. Me colocava no lugar dele em cada pincelada e me tornava parte daquele devaneio tão lindo.
Nunca pensei que iria admirar assim aquele que por ventura cruzou meu caminho nas páginas poéticas da vida.
Sim, ele era pintor, porém suas obras eram poesias descritas num sentimento tão profundo que li seu best-seller mais que minha própria história.
Sou apaixonada por Salvador Dali e ao me deparar com suas obras, percebi que tudo nesta vida é sem sentido, sem nexo, mas organizadamente num movimento tão comum ao sentimento do ser humano e me fez acreditar que cada ser é único, cada ser é exclusivo, fazendo parte do contexto que torna a vida tão comum e complexa ao mesmo tempo.
No geral, é comum, no particular é complexo.
Nada mal para quem acredita que a cada passo, se descortina um momento novo, um jeito diferente de encarar a realidade.
Salve Dali...
Eu te amo.https://rosanapoderrosa.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=8158025