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FOI LINDO VIVER ESTE MOMENTO

 

Eu estava recém operada, porém com aval do cirurgião que disse que se fosse de avião não teria problema fazer uma viagem e eu fui.

Cheguei em Joinville e já estava anoitecendo.

Que lugar bonito.

Do aeroporto ao Centro de Joinville foi uns 12 quilômetros.

De repente vejo uma movimentação.

Muita gente com bandeira do Brasil, camisa verde e amarela e quando me deparo logo ali na frente, escuto um coro gritando em frente ao Quartel do Exército:

- S.O.S. FORÇAS ARMADAS - Salvem o Brasil.

Foi uma emoção de arrepiar.

Era homem idoso, idosas, crianças, mulheres novas, meia idade, barbados, carecas, gente brasileira, gente indignada, gente patriota.

Eram gritos de revolta, de angustia, de dor, de indignação; eram gritos de desabafo, onde se colocava ali o futuro dos filhos, dos netos, do país. 

Era um grito de arrepiar, onde a boca clamava, o coração chorava e o corpo se arrepiava.

Foi quase 15 segundos, onde o carro passou devagar, no meio daquele povo.

E eu chorei. Chorei pela recepção que tive, pelo clamor dos olhos deste povo, pelo tremular das bandeiras, pelo pulsar dos corações destes patriotas.

Dentro do carro, gritei, berrei coisas que estavam presas na minha garganta e que não conseguia pronunciar, por contenção da educação e por considerar pecado. Mesmo assim, eu amei pecar, gritar, desejar...

Prometi voltar depois do jantar.

Choveu e não pude ir. Marquei no outro dia de manhã.

Amanheceu.

Era 6 horas e o sol já entrava pela fresta da cortina e eu me levantei.

Tomei meu café e fui.

Ao me aproximar, pelo caminho a pé, fui observando o acampamento dos patriotas.

Eram muitas barracas, tendas, fogões, churrasqueiras, tudo ali, sem proteção de guardas ou seguranças.

Fiquei abismada com a recepção que eu ia recebendo ao me aproximar.

Eram todos solícitos, muito gentis, oferecendo lanches, café, etc.

A emoção foi crescendo, resolvi filmar e descrever o vídeo que eu estava fazendo e não teve jeito, as lágrimas vieram e eu não consegui falar, só chorei...

Era o meu sonho ali, era meu desejo que o meu Brasil ficasse em paz, sem ser ameaçado pelo comunismo, sem ser vítima do fascismo, livre para ir e vir, de falar e escutar sem recriminação.

Foi então um choro, um rio de lágrimas que lavou meu rosto e minha alma.

Cheguei no miolo da concentração, perto do carro de som, em frente ao Quartel do Exército de Joinville.

Tudo muito organizado, tudo muito limpo, tudo muito verde e amarelo, tudo lindo...

Deu orgulho daquela gente, deu orgulho de estar ali.

Fiquei uma hora e meia mais ou menos e ao voltar, os manifestantes perguntaram se eu não iria ficar para o almoço e eu disse que estava indo para Nova Trento. 

Lamentaram, agradeceram e desejaram boa viagem...

Como foi lindo viver este momento.

O que eu não contava é que de Joinville até Nova Trento, eu levaria o dobro de tempo por conta de ser véspera de feriado e toda a estrada cheia, congestionada.

Apesar do calor, apesar da dor, apesar de tudo, eu estava muito feliz.

Estava indo pagar minha promessa anual, estava indo pedir graças e agradecer por muitas outras.

Santa Paulina sabia da minha devoção, do meu agradecimento, da minha fé.

Estava indo pedir pelo meu Brasil e por todos os brasileiros.

No caminho, fui observando a paisagem.

Quanta montanha, quanta serra, quanta vegetação, quanta coisa bonita.

Foi muito bom voltar à Terra da Santa Paulina e de agradecer por tanta coisa boa na minha vida.

Obrigada Deus por eu ter tido a oportunidade de viver este momento patriota e por ter a benção de Santa Paulina.

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PoderRosa
Enviado por PoderRosa em 16/11/2022
Alterado em 16/11/2022
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