Senti o cheiro das trevas, do ódio, do rancor, da maldade.
Percebi o quanto o homem se afastava da sua essência.
Como é triste!
Resolvi voltar de onde vim, de onde nunca deveria ter saído.
Cheguei no meu recanto e senti de volta o aroma doce e amadeirado que combinava perfeitamente com aquele céu azul, bordado de raios dourados, que por entre as nuvens branquinhas conseguia penetrar e deixar ainda mais lindo aquele lugar.
Algumas borboletas adornaram o ar, e quando batia o vento em suas asas, elas brincavam de sobe e desce, de parar e ficar, como crianças no jardim de infância.
As flores me recebiam se movimentando de lá e cá e num lampejo, pude ver um colibri que sutilmente me confundiu com flor e me beijou.
A relva úmida tecia um tapete magnífico, cheio de magia.
Ah...eu estava de volta e sem querer me lembrei daqueles que não tem oportunidade de voltar para casa.
Voltei ao céu na incerteza que os homens poderão reverter esta situação.
Que triste!
OBS: Sugiro que leia no site do escritor para ter ao fundo a inspirada sinfonia de Bach.