Aos 15 anos, comecei a olhar para os meninos.
Engraçado que, não eram os jovens.
O que mais me chamava a atenção era o porte másculo, paletó e gravata, grisalhos e com voz grave.
Aqueles que tinham todos esses atributos, mas a voz era meio fina, eu perdia o interesse.
Pra mim, tinha que ser cheiroso. Precisava sentir o perfume quando chegava perto.
Tinha que ser educado, gentil, generoso, romântico.
Se faltava romantismo, também havia desinteresse.
O que mais me chamava a atenção não era a beleza. Poderia ser o mais feio da turma, mas se tivesse tudo isso, eu logo me interessava.
Os mais novinhos não sabiam se portar, não sabiam nem conversar.
Os mais velhos sabiam contar as boas histórias e isso me fazia apaixonar.
Sempre foi assim, até hoje.
Que bom recordar aqueles bons tempos!