A BRUXA QUE MORA EM MIM
O tempo parecia não ter passado.
É claro que aquela cacunda que eu tinha, foi obra de muitas noites em claro, lendo.
E aquela verruga no meu queixo? Desde quando eu a tinha? Nem me lembro...
As unhas estavam enormes e por que eu estava usando aquelas roupas?
O cheiro que eu sentia era mesmo muito ruim.
Não era possível.
Eu me transformei em uma bruxa e só agora fui notar.
Aproximei-me do espelho e outra surpresa: Eu nunca havia notado que aquela imagem era o mais verdadeiro reflexo da minha pessoa.
Ali estava a bruxa que morava em mim.
Sorri.
Me despi dos paradigmas, fiquei nua.
Voltei ao espelho e ali estava eu, a imagem da fada que eu era, porém em dia de revolta, me vestia de bruxa para me livrar dos preconceitos daqueles que teimavam em ditar normas de conduta.
Aí sim, liberto a bruxa que mora em mim...
Cuidado: Bruxa ou fada, não importa. As duas tem corpo e mente de mulher.